segunda-feira, 29 de março de 2010

CONVITE DE LANÇAMENTO DO FILME VELA AO CRUCIFICADO

Vela ao Crucificado é a mais nova produção da Lume filmes. Dirigido por Frederico Machado o filme é baseado em um conto de Ubiratan Teixeira. Vela ao Crucificado narra o sofrimento de um casal da periferia de São Luis que diante do filho morto sobre uma mesa não tem nem dinheiro para comprar pelo menos o caixão onde colocar o corpo a fim de enterrá-lo.O filme já foi premiado por vários festivais no Brasil e no exterior.A estréia em São Luis está prevista para 08/04/2010 às 20:00 horas no Cine Praia Grande. Você esta convidado.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Guradião no Cine Praia Grande


Devido a problemas na transportadora, que extraviou o filme ENQUANTO O SOL NÃO VEM, estréia antecipadamente no Cine Praia grande a obra-prima O GUARDIÃO. Imperdível para quem gosta de bom cinema!
Abaixo a crítica do filme:

Havia grande expectativa pelo único concorrente
latino-americano no Festival de Berlim deste ano. O Guardião
não decepcionou. O longa de Rodrigo Moreno que estréia hoje no Cine Praia Grande,
foi recompensado pelo júri presidido por Charlotte Rampling com o Prêmio Alfred Bauer, para obras que abrem novas possibilidades para a arte cinematográfica.
Sem nenhuma ligação com a fantasia de H.G. Wells,
Rodrigo Moreno conta a história de um homem invisível. Ruben,
interpretado por Julio Chávez, é o guardião de seu filme.
Trabalha como guarda-costas do ministro da planificação, um
ministério que não existe na Argentina e que o autor criou para
contar a história desse sombra. Em Berlim, e, depois, no Rio,
onde participou de uma oficina de roteiristas, Moreno reconheceu
seu débito com Akira Kurosawa, mesmo que O Guardião não tenha
muito a ver com Kagemusha - A Sombra do Samurai. "Ninguém filmou
o sombra como Kurosawa", ele concorda.
Moreno participou de três laboratórios de roteiros antes
de filmar O Guardião. Ele diz que trabalhou muito no
aprimoramento do projeto, mas concorda com Antonioni; roteiros
são páginas mortas. "São só uma intenção, uma utopia. O que
importa é o filme, no qual o roteiro sofre todo tipo de
transformação e interferência." Ao se lançar a este projeto tão
ambicioso, no qual mais de um crítico viu uma promessa de rigor
digna de Robert Bresson, Moreno diz que não pretendeu fazer um
comentário social sobre a Argentina. "Achei que abordar um
personagem lateral, um homem sujeito à existência de outro seria
interessante, até para descobrir como se conta essa história."
Ele se afastou deliberadamente de todo vínculo com a realidade
mais próxima. "Queria explorar uma problemática mais profunda."
O ministro é de segunda linha, um burocrata sem paixão, que foge
ao figurino de corrupção e prepotência que o cinema (e a própria
vida) esculpe para muitos ocupantes do cargo.
O diretor, de qualquer maneira, não se furta de
expressar sua opinião política, enfatizada no discurso vazio que
caracteriza o personagem. Para o guardião, ele precisava de um
grande ator que tivesse a capacidade de não atuar. "O personagem
é opaco, não dou muitas informações sobre ele, não dei nem a
Julio Chávez." A trajetória de Ruben, de qualquer maneira, é
clara. O espectador percebe a solidão, o isolamento, o desastre
da vida familiar e também a obsessão pelas normas e pelo bom
desempenho. Tudo prepara o desfecho, que foi o ponto de partida
do diretor-roteirista. Moreno, segundo ele próprio, fez um filme
sobre a contradição.

O Guardião (El Custodio, Arg-Fr-Ale-Uru/ 2006, 95 min) - Drama. Dir. Rodrigo Moreno.
Sessões: 16hs, 18hs e 20hs.
em cartaz até o dia 02 de abril!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Almodovar raro no Cine Praia grande


Pedro Almodovar faz sucesso no Cine Praia Grande
Sessões 16hs, 18hs, e 20hs.
De 22 de fevereiro a 11 de março!
IMPERDÍVEL!!!
Abaixo a crítica do filme:

CRÍTICA:
QUE FIZ EU PARA MERECER ISTO?

O 4º filme da carreira de Almodóvar traz a tona uma família extremamente excêntrica de uma Espanha dos anos 80, onde uma diarista vive situações novas e ao mesmo tempo constrangedoras.

Uma comédia baseada na trágica cômica vida de uma mulher diarista. O que eu fiz para merecer isso? Filme de Almodóvar filmado em 84, o quarto de sua carreira que estreou recentemente no circuito fechado HSBC Belas Artes traz a tona temas polêmicos com uma pitada de sexo, reflexão da vida cotidiana e muito humor.
Glória uma diarista que habita em uma cadeia de prédios com inúmeras famílias, passa a se questionar sempre, sobre o porquê de todo aquele sofrimento diário e preocupação para com a família, sendo que todos são extremamente dispersos e apesar de habitarem o mesmo teto, cada um vive sua vida individualmente.
A família de Glória é composta por dois filhos, o mais velho é traficante, o mais novo é gay e mora com o dentista que é louco por meninos mais novos, o marido é um taxista mentiroso que fala alemão, a sogra uma velha viciada em água com gás e bolinho que mantêm guardados no armário dentro do quarto a chave e para finalizar, uma vizinha que ela tem como irmã chamada Cristal que é prostituta e sonha em ser atriz de Hollywood.
Uma família completa pode dizer (risos), com todos os seus altos e baixos, porém a vida de Glória é realmente uma montanha russa cheia de surpresas, desde o momento em que ela se envolve com um policial impotente, até o ponto no qual ela vai trabalhar na casa de um casal de escritores fracassados cuja mulher é cleptomaníaco.
Se o filme for visto de um outro ângulo, podemos perceber até que ponto o ser humano pode-se dizer feliz com a vida e a com a família que leva, mesmo sofrendo e sempre reclamando dos fatores que impendem cada membro de ser feliz, a causa de inúmeros conflitos, principalmente na adolescência costuma ser jogado encima do núcleo familiar, culpando pai, mãe, filhos enfim, pessoas que dividem o mesmo teto. Atualmente para alguns a família serve como descarrego de todas as frustrações e descargas emocionais. Fatores familiares estão presentes no filme, assim como um não conflito de geração existente, e sim uma convivência em extrema harmonia e pacifismo que existe entre o filho mais velho de Glória com a sua avó paterna.
Glória vive surpresa durante todo o seu dia, além de ser viciada em remédios calmantes, sempre se vê em situações estranhas e algumas constrangedoras, como o assédio de uma policial impotente, até ter que ganhar uma grana extra junto com Cristal, para ver um cliente Vouyer se exibindo e tendo relação com a amiga.
Enfim, o filme é cheio de surpresa e traz temas reflexivos que podem ser usados e aplicados hoje, isso com muito humor característico de Almodóvar e não se preocupe se você se identificar com algum personagem ou lembrar de alguém quando ver o filme, essa é uma característica de Almodóvar.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

MOSTRA LUME NO CINE PRAIA GRANDE

MOSTRA LUME

DIA 09 DE FEVEREIRO:
A CONVERSAÇÃO

DIA 10 DE FEVEREIRO:
KAFKA

DIA 11 DE FEVEREIRO:
OS VICIADOS

DIA 12 DE FEVEREIRO:
ANTES DA CHUVA

SESSÕES: 16hs, 18hs e 20hs

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Festival do Júri Popular


Festival do Júri Popular
Cine Praia Grande





01/02 (segunda) - 18h - Hors-Concours
01/02 (segunda) - 20h - Programa 1
02/02 (terça) - 16h - Programa 2
02/02 (terça) - 18h - Programa 3
02/02 (terça) - 20h - Programa 4
03/02 (quarta) - 16h - Programa 5
03/02 (quarta) - 18h - Programa 6
03/02 (quarta) - 20h - Hors-Concours
EXIBIÇÕES GRATUITAS NO CINE PRAIA GRANDE

IMPERDÍVEL
O QUE DE MELHOR SE PRODUZIU EM CURTA METRAGENS NO ANO DE 2009
E VOCÊ ESCOLHE O FILME VENCEDOR!!!!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Em cartaz no Cine Praia Grande "Deserto Feliz"


DESERTO FELIZ
CRÍTICA:Deserto Feliz de Paulo Caldas é um singelo relato sobre a prostituição infantil. Não tem ares de denúncia como “Anjos do Sol” (2006) de Rudi Lagemann, e nem de revelar a baixeza do ser humano como em “Baixio das Bestas” (2007) de Claudio de Assis, está mais para a linha poética de O “Céu de Suely” (2006) de Karim Aïnouz. Em todos os filmes citados a prostituição move as protagonistas.
Jéssica (Nash Laila) tem 14 anos, mora no sertão nordestino, está cansada da rotina que leva e dos abusos sexuais do padrasto. Foge de casa e acaba se envolvendo com o turismo sexual, na cidade de Recife, cidade onde mora com mais duas prostitutas Pamela (Hermila Guedes) e Maria ( Magdale Alves).
A garota não é ingênua como as meninas do filme de Lagemann e nem uma coitada como a protagonista do filme de Assis, está mais para Suely, já que premedita de certa forma sua própria rotina. Sem grandes explicações a menina vai embora com um caminhoneiro e se vê dançando sensualmente para estrangeiros a fim de diversão.
Jéssica não sabe o que esperar do futuro, bebe e se droga, como para evitar pensar na rotina que mina sua perspectiva de uma vida melhor. Ao se deparar com Mark (Peter Ketnath) vê nele – que a oferta atenção e carinho – uma possibilidade de redenção.
O filme soa fatalista, não há possibilidade de se reinventar o caminho quando ele é tortuoso. Jéssica sai do Brasil, acompanhando seu “homem”, mas não consegue se adaptar fora da sua terra, dos seus afazeres diários. O fato de ser adolescente não a exime da responsabilidade de ser “perfeita” para o outro. Não, o afeto não é suficiente. E quando nos deparamos com o olhar vago da protagonista no final do filme, podemos supor que para algumas pessoas o caminho é de mão única não há retorno.
O filme de Caldas se estende do meio para o fim, como para nos entediar com a rotina “estrangeira” de Jéssica. A neve e a palidez de uma terra estranha metaforizam o universo amoroso da garota que poderia ter sido salva por um homem encantado com os dotes de uma morena brasileira.
Nash alterna em seu olhar certa delicadeza aliada a uma dureza, que não se encontra em qualquer atriz tão jovem.

Ficha técnica
Título Original: Deserto Feliz
Gênero: Drama
Duração: 88min.
Direção: Paulo Caldas
Roteiro: Paulo Caldas, Marcelo Gomes, Manoela Dias, Xico Sá
Produção: Germano Coelho Filho

Em cartaz no Cine Praia Grande
De 8 a 21 de janeiro de 2010
Sessões 16hs,18hs e 20hs